O processo de crescimento econômico reflete diretamente na memória e no patrimônio histórico da cidade.
Lagoa Paulino
A cidade de Sete Lagoas passou por vários ciclos de expansão econômica, politica e social, de extrema importância para o desenvolvimento local.
Em suas palestras, Dalton Andrade, como atento observador sobre as mutações do espaço urbano, ressalta as diversas fases ao longo dos anos ,que constituiram em atrativos para o processo de industrialização e outras atividades.
Porém, traçando um paralelo entre passado e presente, ele faz ressalvas quanto ao impacto causado por um crescimento desordenado, que gradativamente descaracteriza o patrimônio histórico, natural, e aniquila a memória afetiva e cultural da cidade.
Ciclos:
1- da Estrada de Ferro Central do Brasil ( RFFSA ) - implantação do depósito de máquinas e vagões em 1906. Auge nos anos 50. Desativação em 1996.
2- do Cristal – década de 40.Iniciou-se pela demanda de cristal específico de grande utilidade na 2ª Gurera Mundial. Terminou por volta de 1946/1947.Como legado deixou a base para as atividades mineradoras.
3- das Cerâmicas- década de 1940 – apogeu na década de 1960 .
4- da Pecuária Leiteira – de tradição local, encontra respaldo no aprimoramento do gado leiteiro dos ricos fazendeiros remanescentes do ciclo do cristal.
5- do calcário, mármore e ardósia- ciclo independente de grande destaque na década de 80,
6- da calcinação – constituiu um desdobramento do ciclo anterior. Na mesma época manteve Sete Lagoas na lista dos maiores fornecedores de cal do país.
7 – do Ferro Gusa – inicidada pro volta de 1960, de grande importância econômica, colocou a cidade como maior pólo guseiro nacional.
8 – das Indústrias de Autopeças/montadora- iniciou-se com instalação na década de 1980, de fabricas fornecedoras de peças para a Fiat e posteriormente ganhou peso com a inauguração da montadora de veiculos- IVECO.
Fonte: Dalton Andrade – historiador em palestra “Memória e movimento”